Investigação da grilagem: Júnior do Mojó será ouvido nesta terça-feira

O delegado Carlos Alberto Damasceno, presidente da comissão que investiga o crime de grilagem de terras na Região Metropolitana de São Luis, confirma  que o ex-vereador Edson Arouche Junior, o Junior do Mojó,  será ouvido nesta terça-feira no inquérito que investiga o crime de grilagem de terras na Região Metropolitana. 

Não foi definido o local do depoimento que deve acontecer na sede da Supervisão de Áreas Integradas de Segurança Pública no bairro do Turu ou na sede da SEIC (Superintendência Estadual de Investigações Criminais) que fica no Bairro de Fátima. Mojó, que está preso como um dos mandantes da morte do empresário Marggeon Andrade, registrada  no mês de outubro de 2011, deve se defender de muitas acusações que pesam contra ele e outros integrantes da quadrilha que comandava a grilagem nos quatro municípios da ilha.

Segundo o delegado Carlos Alberto Damasceno, o ex-vereador é acusado de se apropriar da metade de uma área de terra com 277 lotes no município de Paço do lumiar. Mojó é acusado também de vender um terreno destinado para à construção de uma praça no bairro do Araçagy entre os loteamentos Brisa do Mar e Jardim Verde Mar. O delegado afirma que será reaberto o processo que investiga a morte do empresário  Sérgio de Faria Domingues Moreira, dono da Empresa Concreta Imóveis LTDA, que foi assassinado em 1986, na época, Mojó teria grilado um terreno da vítima.

O ex-vereador, segundo o inquerito que investiga à grilagem tinha como principal parceiro Elias Orlando Nunes Filho, o Corretor de Imóveis que está foragido. Elias também aparece como autor intelectual da  morte de Marggeon Andrade.  Outra pessoa que atuava com Edson Arouche Junior, o Junior do  Mojó, de acordo com à polícia, " era o Empresário  Armando Oliveira Ramos, dono do Restaurante Cantinho da Roça que fica no bairro do Araçagy". Para à Comissão de delegados que cuida do caso, Armando terminou envolvendo vários parentes no  crime.

Agora, os investigadores da Polícia Civil querem localizar o suspeito que se identificava como Derizar Silva e Souza, que usava documentos falsos e contribuiu  de acordo  com as investigações com a fraude de  documentos no cartório de São José de Ribamar. Somente no loteamento Cidade e Fruteiras, Mojó grilou 16 lotes; no Parque Aquarius foram nove e três lotes na da Praça entre os loteamentos Brisa do Mar e Jardim Verde Mar.

Denizar Silva e Sousa

Mojó, segundo a Polícia Civil, mantinha em Paço do Lumiar uma empresa fantasma que vendia merenda escolar para prefeituras, documentos da empresa foram apreendidos na casa do ex-vereador.Edson Arouche Junior, o Junior do Mojó, chegou a se beneficiar também de duas grandes áreas no município de Barreirinhas. Segundo Carlos Alberto Damasceno, na região dos Lençóis Maranhenses, Mojó recebeu autorização da prefeitura do município para ocupar as duas áreas, só não foi dito qual o gestor que autorizou a ocupação. Documentos comprovam que esta área é de preservação ambiental.

Confira detalhes em áudio: