No Maranhão, aproximadamente 100 crianças estão no Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Somente no ano passado, 54 conseguiram um novo lar. A questão está na série de procedimentos burocráticos que envolve uma adoção (assista na reportagem ao lado).
“É crime registrar como filho seu uma criança que é filho natural de outra pessoa. Isso pode levar à pena de prisão e de perda do poder familiar, juridicamente feito de forma criminosa”, diz José Américo Abreu Costa, juiz da 1ª Vara da Infância.
As estatísticas mostram que quase sempre o adotado quer conhecer a família de origem. Recentemente, a maranhense Sabrina, criada por franceses desde bebê, esteve em São Luís à procura da mãe, Maria de Nazaré. Um encontro emocionante e cheio de alegria.
Psicólogos e juízes afirmam que quando o processo de adoção acontece sem mentiras e de acordo com a lei os traumas são menores .
É o caso de Kelly Cristina, de 36 anos, que hoje é casada e tem três filhos. Ela foi adotada ainda bebê e sempre soube disso, mas só há pouco tempo passou a ter contato com a família biológica. Pela internet ela descobriu que tem irmãos e já falou por telefone com a mãe.
“No dia 10 de outubro me deu um estalo: vou procurar minha mãe. Daí comecei a procurá-la na internet, mas não a encontrei em uma rede social, acessando o nome dela, Maria da Costa. Aí lembrei da minha irmã e todas pessoas com o nome dela eu adicionei. A primeira a ser adicionada era ela”, conta.