A Polícia Federal deflagrou hoje, 20/12, a Operação COPII, com o objetivo de reprimir a prática de extração irregular de madeira em terras indígenas localizadas nos municípios de Maranhãozinho e Centro do Guilherme/MA.
A investigação teve início com a Operação Arco de Fogo no ano de 2011, com o levantamento de informações sobre desmatamento na reserva indígena ALTO TURIAÇU no estado do Maranhão, que gerou o IPL 18/2011/SR/DPF/MA.
A quadrilha é formada por madeireiros, índios, policiais militares e políticos da região.
De acordo com as investigações a prefeitura da cidade de Centro do Guilherme cobra uma taxa para que os caminhões madeireiros possam entrar na reserva e de lá retirar as toras para venda às serrarias. No entanto, essa atividade não é autorizada pelo IBAMA ou FUNAI e o dinheiro arrecadado não ia para os cofres públicos, mas para o bolso dos integrantes da quadrilha.
Ao pagar a taxa o caminhoneiro recebia um ticket, que comprovava o pagamento e dava direito de ingressar na reserva. Esse controle de entrada dos caminhões era feito por guardas municipais armados ilegalmente instalados em “barreiras/cancelas” no povoado Centro do Elias e na Quadra 80-1, zona rural de Maranhãozinho, sob supervisão de um sub-tenente da Polícia Militar da região.
Os investigados responderão pelos crimes de corrupção passiva, concussão, prevaricação, formação de quadrilha ou bando e peculato.
Na ação foram empregados 34 policiais federais, que deram cumprimento a 7 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Maranhãozinho/MA, Centro do Guilherme/MA e São Luís/MA.
O nome da operação policial significa cupim, em tupi-guarani, que é considerada uma praga perigosa que ataca a madeira e outros produtos agrícolas.
As informações são da Polícia Federal.