Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Prefeitura de São Luís terá 15 dias para explicar precariedade do Samu

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Prefeitura de São Luís terá 15 dias para explicar precariedade do Samu

Termina sexta-feira, dia 21, a auditoria realizada por funcionários do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), órgão ligado ao Ministério da Saúde (MS), nas dependências do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em São Luís. A atividade foi iniciada na quarta-feira, dia 12 e, após seu término, será elaborado um relatório. A Prefeitura de São Luís terá prazo de 15 dias para apresentar uma justificativa para as condições de precariedades do serviço. Como a gestão do atual prefeito João Castelo termina no dia 31 deste mês, caberá ao prefeito eleito Edivaldo Holanda Júnior a responsabilidade de apresentar soluções para os problemas do Samu.

A auditoria foi solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF) por causa de denúncias feitas pelos funcionários dos Samu sobre a falta de condições de higiene e de trabalho do local, que impossibilitam o exercício dos servidores. Hoje, das 12 ambulâncias de que dispõe o Samu, apenas duas estão em operação para atender mais de um milhão de habitantes da capital maranhense, pois o restante está em uma oficina, com problemas mecânicos.

Inspeções - Três auditores do MS estão fazendo o diagnóstico do Samu: um médico analisa as condições de trabalho dos servidores do Samu e dois profissionais da área de contabilidade são responsáveis por examinar as documentações do órgão e da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) para saber se os recursos federais que estão sendo repassados - aproximadamente

R$ 265 mil mensais, conforme afirmou o presidente da Associação dos Servidores do Samu (Assemus), Lindomar Gomes - estão sendo aplicados na manutenção de ambulâncias e no pagamento de servidores.

Primeiramente, os auditores do MS inspecionaram a sede do Samu, localizada na Avenida dos Portugueses, na área Itaqui-Bacanga, na cidade. Posteriormente, a oficina onde estão sendo feitos os reparos mecânicos de ambulâncias também serão averiguados.

O relatório com o resultado das inspeções feitas pelos auditores e a posição do Município sobre os problemas encontrados serão encaminhados ao Denasus, em Brasília, o que deve acontecer no início do próximo mês. Uma cópia do relatório também será encaminhada para o MPF - solicitante da auditoria -, que tomará as providências necessárias para que o Município solucione as irregularidades que forem encontradas.

Precariedade - O presidente da Assemus Lindomar Gomes disse que, no dia da inspeção, apenas uma ambulância estava em operação e outra no conserto. Além disso, segundo ele, a falta de condições de trabalho, o sucateamento da frota de veículos, a falta de segurança do local e o atraso no pagamento dos servidores são outros fatores que comprometem as atividades dos servidores do Samu.

Lindomar Gomes teme que, com as proximidades das festividades de fim de ano, os servidores do Samu não sejam capazes de atender a toda a demanda. "Nós continuamos aguardando um posicionamento do poder público com relação à situação. Com a chegada do fim do ano, aumenta a quantidade de ocorrências e estamos sem condições de trabalho", afirmou Gomes.