O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de São Luís está funcionando com 61% da sua capacidade. Das 13 ambulâncias (11 de suporte básico e duas de suporte avançado), oito estão em operação. Há algumas semanas, apenas quatro desses veículos estavam em atividades, pois o restante permanecia na oficina, com defeitos mecânicos. Mesmo com o aumento da frota, o presidente da Associação dos Servidores do Samu (Assemus), Lindomar Gomes da Silva, avaliou que ainda é insuficiente para atender à demanda da capital.
Das ambulâncias que estão hoje em funcionamento, três foram cedidas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), para dar suporte às atividades desenvolvidas pelo Samu na capital. A entrega dos veículos fez parte das ações emergenciais desenvolvidas pela SES para melhorar os serviços de saúde no município.
Mesmo com o reforço do governo estadual, o Samu ainda passa por sérias dificuldades, principalmente no estado de conservação dos veículos. "As ambulâncias que estão em operação são aquelas que não estavam recebendo manutenção. No entanto, como elas não são novas, sempre acontece de quebrar uma ou duas durante o plantão", disse o presidente da Assemus, que criticou também o fato de as ambulâncias cedidas pela SES serem dirigidas apenas por funcionários do Estado. Na opinião de Lindomar Gomes, os motoristas do Samu são os mais qualificados para exercerem essa atividade, pois receberam treinamento específico.
Para superar as dificuldades, o presidente da Assemus espera um futuro reforço na frota de veículos do serviço. "Há uma expectativa de que recebamos 10 novas ambulâncias em 60 dias, para renovação da frota que estávamos pedindo", disse.
Denúncias - Ainda está em curso a investigação da Superintendência Regional da Polícia Federal no Maranhão (SRPF) que apura se o combustível que deveria ser utilizado nas ambulâncias do Samu foi empregado em outras finalidades.
A investigação da Polícia Federal (PF) se baseia no fato de o consumo de combustível, que até o mês de setembro do ano passado era de aproximadamente R$ 20 mil por mês, ter saltado para R$ 100 mil durante o período da campanha eleitoral. O indício de fraude foi descoberto durante a Operação Acauã, realizada no dia 31 de dezembro do ano passado, com cumprimento de mandado de busca e apreensão requerido à Justiça Federal, para obter provas de má gestão de recursos federais repassados ao Samu.
Todo o esquema de má utilização dos recursos federais, segundo a PF, foi descoberto no início de dezembro de 2012, quando o Ministério Público Federal (MPF) solicitou ao Ministério da Saúde que providenciasse uma auditoria no Samu de São Luís. O procedimento começou a ser viabilizado pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus), que iniciou entrevistas com servidores públicos, mas encontrou resistência no repasse de informações que pudessem comprovar a fraude.
A frota total do Samu é composta por 13 ambulâncias, sendo 11 de suporte básico e duas de suporte avançado. Ainda existem duas motolâncias e um veículo de intervenção rápida, que facilitam o deslocamento de equipes para o local da ocorrência.
