Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Justiça do Piauí nega habeas corpus a Júnior Bolinha

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Justiça do Piauí nega habeas corpus a Júnior Bolinha

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí negou, ontem, o pedido de habeas corpus em favor de José Raimundo Chaves Júnior, Júnior Bolinha, um dos denunciados pelo envolvimento nos assassinatos de Fábio dos Santos Brasil Filho, o Fábio Brasil, ocorrido em Teresina, e do jornalista Décio Sá, em São Luís.

O desembargador Erivan Lopes, relator do processo, decidiu por negar o habeas corpus, apoiado em parecer do procurador de Justiça Aristides Pinheiro. Júnior Bolinha perde mais uma batalha nos tribunais. Ele encontra-se preso em São Luís, mas tinha a seu favor parecer do promotor Benígno Filho, na primeira instância.

José Raimundo Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, de 38 anos, teria sido o intermediário na contratação do pistoleiro Jhonatan de Sousa Silva, autor dos dois crimes, a mando de uma quadrilha de agiotas, liderada por Gláucio Alencar e seu pai, José de Alencar Miranda. A morte de Fábio Brasil ocorreu no dia 31 de março de 2012 e foi divulgada pelo jornalista maranhense em seu blog, atribuindo o crime ao grupo de agiotas.

Décio Sá foi executado no dia 23 de abril, logo depois da publicação do Caso Fábio Brasil, que teria sido assassinado a mando do grupo que emprestava dinheiro a prefeitos durante o período eleitoral, e depois cobrava juros extorsivos. Após eleitos, os políticos pagavam com dinheiro público, usando cheques.

Fábio Brasil fez parte da quadrilha, mas ficou devendo para os chefes do bando, Glaúcio Alencar, e o pai dele, José de Alencar Miranda, e entrou na mira dos dois. Júnior Bolinha teria prometido R$ 100 mil ao pistoleiro Jhonatan de Sousa Silva, que, além do piauiense, confessou ter executado o jornalista Décio Sá, a mando da mesma quadrilha.