Continua interditada a BR-222 no município de Buriticupu, distante 220 km de Imperatriz. A manifestação começou na manhã de ontem (21) com queima de toras de madeira e pneus. O trânsito na rodovia está parado e muitos veículos estão parados em postos de combustível e na pista.
Os manifestantes protestam contra a operação Hileia-Pátria, que trabalha no combate aos crimes ambientais na região. Passageiros e motoristas reclamam da situação, mas os manifestantes afirmam que não tem previsão para liberar a rodovia, um exemplo é a comida que chega de caminhonete para os manifestantes.
Segundo a Polícia Civil, no início da noite de ontem (21) motoristas tentaram usar desvios improvisados para seguir viagem, mas algumas pessoas cobravam pedágios. Um motorista revoltado pagou o pedágio, mas voltou depois e atirou no jovem que fazia as cobranças. O homem morreu no local.
Há, também, uma denúncia que alguns militares estariam abusando de meninas da cidade, mas o juiz da comarca, Ailton Gutemberg, afirmou que a denúncia não foi formalizada.
Cerca de 700 homens do Exército, 24 do Ibama, 10 do Instituto Chico Mendes, representantes da Funai e Batalhão Ambiental, estão há mais de um mês em Buriticupu e combatem crimes ambientais nas áreas de reserva. A operação já resultou em apreensão de madeiras, aplicação de multas, fechamento de movelarias e madeireiras, por irregularidades no serviço. Os moradores alegam que a economia da cidade gira em torno dessas atividades.
Um relatório parcial do Ibama mostra que 13 serrarias e oito depósitos de madeiras foram ocupados pelo exército. Nove atos de infração foram lavrados e 15 termos de apreensão e 13 de embargos foram emitidos aos madeireiros e comerciantes da cidade.
