A Polícia Militar do Maranhão voltou a ser atacada e desafiada por integrantes de facções criminosas, na madrugada de ontem, na Região Metropolitana de São Luís. Dessa vez o alvo dos criminosos foi o prédio da 3ª Companhia do 13º Batalhão da PM, no município de Raposa, alvejado com vários disparos de pistolas calibre 380 mm.
“O ataque aconteceu logo no início da madrugada, por volta de 2h. Foram seis homens armados em três motos os autores dos tiros. Nossos militares reagiram à altura e dispararam contra a quadrilha, que fugiu em disparada. Felizmente, nenhum dos nossos policiais foi atingido”, contou o major Jorge Araújo, comandante do 13º BPM.
Entre os vários tiros disparados pelo bando, três atingiram a unidade da PM. Pela manhã, os militares verificaram que dois projéteis acertaram a fachada e que um atingiu uma das paredes internas da unidade. Para o comandante da tropa lotada em Raposa, o ataque é mais um reflexo do bom trabalho de repressão à bandidagem. "Isso é uma resposta a todas as prisões e apreensões que a Polícia Militar vem fazendo nos últimos meses. Eles ([os criminosos] estão querendo nos intimidar, mas não vão conseguir. Nós não estamos intimidados e nosso trabalho é seguir adiante, reprimindo a ação desses bandidos e garantindo a segurança da população", garantiu o major.
Além dos próprios militares do 13º BPM, trabalham nas buscas pelos criminosos as equipes de militares do Serviço de Inteligência e Investigadores da Delegacia Especial de Raposa e da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). Este foi o quarto ataque à bala a unidades policiais na capital só este mês.
Trailers – Na noite do dia 9, dois trailers da PM, um no Bairro de Fátima e outro na Vila Nova (área Itaqui-Bacanga), e o prédio do 7º Distrito Policial (Turu) foram “crivados de balas”. No Largo do Coxinho (Viva do Bairro de Fátima), o sargento Marco Antônio Correia Cutrim, lotado no 9º BPM, foi alvejado na altura do abdômen.
Os disparos de arma de fogo foram deflagrados por bandidos armados de pistolas calibre ponto 40 e revólveres calibre 38, que estavam em uma caminhonete Chevrolet S10 marrom (sem placas). O sargento da PM foi internado no Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I), mas sobreviveu. No ataque, uma mulher também foi baleada.
Naquela mesma noite, foi alvejado com vários tiros o trailer da PM na Vila Nova. Dentro do posto militar estava o soldado Francinaldo Pereira, de 42 anos. O policial foi atingido com 23 disparos e morreu no local. Morador do bairro Areinha, o militar já tinha 20 anos de corporação, e após seu assassinato a unidade foi retirada do local.
Em resposta aos ataques, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) prendeu 10 pessoas, e apreendeu dois menores de 16 anos, suspeitos de participação nas ações criminosas. Com eles, a polícia apreendeu vários aparelhos celulares com mensagens de texto que indicavam que a ordem dos crimes havia partido de dentro do sistema prisional.
Com texto de Saulo Macclean, da editoria de Polícia de O Estado do Maranhão.
