A forma mais simples de notar a dignidade de um homem, é observar a forma como o indivíduo trata o amor.
Os valores de sensibilidade estão visceralmente atrelados à maneira com a qual convivemos na intimidade.
Comportamentos sociais não são parâmetros de definição de caráter, pois, é entre quatro paredes que realmente demonstramos quem nós somos de verdade. Mesmo que essas quatro paredes sejam do gabinete de um fórum.
O caso do assédio à juíza Larissa Tupinambá beira ao inacreditável por vários motivos. Primeiro, por ser uma juíza. Segundo, por ser esposa do secretário de educação do município de São Luís e ex-vereador pelo PC do B. O terceiro e mais importante motivo, por ser uma mulher. Sim, uma mãe, uma trabalhadora, digna de respeito, proteção e decência.
Pessoalidades e problemas de natureza afetiva não entram nos méritos de discussão. Até porque em um estado em que os escândalos sexuais entre pais e filhos, avós e netos, padastros e enteadas acontecem em uma ocorrência rotineira... um beijo até que não dá medo.
Porém, ONG'S e movimentos feministas apontam que a maioria dos estupradores facilmente confessam o crime por não verem gravidade no ato que cometeram. Para efeitos de comparação, o feminismo nunca matou ninguém. O machismo mata todo dia. Não foi o caso em questão.
Ribamar Alves não agrediu apenas Larissa, seu esposo e seus filhos. Ribamar selou - com um beijo - a falta de honradez e o disparate com as mulheres deste estado.
Quem julga a feminilidade como algo inferior, comete a tolice de julgar personalidade por gênero. Quem abusa da intimidade, comprova má intenção ou irracionalidade.
