O vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima, publicou nesta quinta-feira (26) mensagem no microblog Twitter na qual apela à presidente Dilma Rousseff para que o exonere do cargo.
Ministro da Integração Nacional no governo Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do PMDB da Bahia e possível candidato a governador do estado, Vieira Lima afirmou na mensagem que o pedido de exoneração se encontra “nas mãos” da presidente.
“Cara Presidenta Dilma, por gentileza, determine publicação minha exoneração função q ocupo, e cujo pedido já se encontra nas mãos de V Excia”, escreveu.
Geddel Vieira Lima disse querer sair da Caixa Econômica porque deve apoiar, em 2014, algum candidato que faça oposição ao governo de Jaques Wagner (PT) na Bahia.
"Eu acho absolutamente legítimo querer sair. Eu ocupo a função na Caixa Econômica Federal em função de um tratado politico de 2010, quando apoiei a presidente Dilma devido circunstâncias na política local. As circunstâncias são outras hoje. Vou fazer outro pacto com a sociedade baiana", detalhou.
Ele não quis dizer quem será o candidato que apoiará. Disse que isso será revelado "no momento oportuno".
Ainda pelo Twitter, Geddel Vieira Lima afirmou ter feito um “apelo dramático” ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para que “agilize” sua exoneração na Caixa Econômica Federal.
“Acabo de fazer novo e dramático apelo agora ao Presidente da Câmara para que agilize a publicação da minha exoneração O que esta havendo?”, indagou.
Vieira Lima também pediu ao senador Roberto Requião (PMDB-PR) que “cobre” a exoneração na Caixa. “@requiaopmdb Cobra para mim essa exoneração Estou esperando desde Setembro Quero sair, não entrar”, afirmou.
Em resposta, o parlamentar respondeu também pelo Twitter, em mensagem direcionada a Geddel Vieira Lima, que “mais vale um diretor da Caixa na mão do que um Geddel candidato na Bahia”.
A Casa Civil da Presidência da República foi consultada, e ficou informado que não se recebeu nenhum pedido de exoneração do vice-presidente da Caixa.
Geddel Vieira Lima afirmou não ter formalizado pedido na Casa Civil porque já havia entregado carta para o vice-presidente Michel Temer em setembro de 2013. "Quem me convidou para o cargo, quem providenciou tudo, foi Temer, não foi a Casa Civil", justificou.