A Festa da Juçara iniciou no dia 28 de setembro, e acontecerá até o dia 09 de novembro. Além de oferecer aos visitantes a juçara com farinha e camarão, há também uma diversidade de comidas típicas e iguarias produzidas com a juçara em doces, bombons e produtos artesanais, que são expostos para a venda.
De acordo com o presidente da associação dos amigos do Parque da Juçara, Hamilton Mendes, a movimentação da festa está fraca por inúmeros motivos como, por exemplo, a falta de apoio do poder público, a divulgação inexistente e os patrocínios que são poucos.
O presidente acrescentou que estar providenciando apresentações de manifestações culturais para fomentar o interesse pela festa, e que a associação conseguiu estruturar o Parque com novas instalações de iluminação pública, barracas de alvenaria e que ainda existem mais planos de revitalização. “Antigamente a festa era mais movimentada, muitas pessoas passavam por aqui. Porém de uns cinco anos para cá, vem enfraquecendo a cada ano. Porém estamos buscando meios para reverter esta situação”, ressaltou o presidente.
Mais de 53 barracas estão montadas para oferecer um atendimento de qualidade para os frequentadores, mesmo assim, o movimento não aumenta. Um vendedor que não quis se identificar reclama que o público reduziu consideravelmente após algumas mudanças que tiveram que ser feitas, como a utilização de máquinas industriais para moer a juçara, pois a maioria das pessoas prefere a juçara preparada manualmente. “Trabalho aqui há mais de seis anos, lembro que conseguia faturar uns R$ 2 mil em um fim de semana. Hoje nem sei se tiro isso durante a festa toda. Só ficou a tradição, falta apoio dos órgãos competentes, para estruturar o local e assim atrair pessoas para participar da festa”, reclamou o vendedor.
O advogado Wilson Campos, confessa que nem sabia que ainda existia a Festa da Juçara e ficou surpreso com a estrutura e com a baixa movimentação que encontrou no Parque. “Sempre venho com a família de forma esporádica, fazia muito tempo que não freqüentava, pensei que nem tinha mais, o melhor seria é que fosse durante o ano todo, seria uma opção a mais para o lazer”, disse o advogado.
Wilson ressaltou que em sua visão faltam publicidade e divulgação da festa, além de incentivo para os donos das barracas para investirem e tornarem o lugar mais agradável.
O mestre de obras Evaristo Mendes, visitou a festa ontem, 19, pela primeira vez e diz tem gostado muito do ambiente, do atendimento e da juçara. “Estou indo para Cajari, decidi parar aqui para comer uma Juçara com farinha e camarão, já tinha ouvido falar muito da festa, mas nunca tinha vindo aqui. Gostei muito”, afirmou Evaristo.
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