Cerca de 150 policiais federais estiveram cumprindo 56 mandados judiciais, sendo 23 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão preventiva, sete mandados de prisão temporária, seis mandados de sequestro de bens e un mandado de suspensão do exercício da função pública por equiparação, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Paraíba.
A Polícia Federal, durante a investigação, identificou um grupo criminoso estruturado e organizado na prática de ações criminosas contra a Caixa Econômica Federal que contava com atuação ativa de um funcionário do próprio banco. Ele pesquisava e identificava contas poupança de clientes do banco com grandes saldos e que não apresentavam histórico de retiradas, repassando os dados dos clientes ao líder do grupo criminoso investigado. Com os dados dos clientes em mãos, o líder do grupo solicitava a elaboração de documentos falsos, complementando os demais dados necessários com outros participantes do grupo, que, geralmente, possuíam acesso a banco de dados, em razão de suas profissões. Os investigados entravam em contato com a central de cartões da Caixa e, se passando pelos clientes, informavam a falsa perda do cartão bancário, fato que produzia um novo envio de cartão. Os cartões eram retirados nos centros de distribuição dos Correios com uso de documentos falsos, e se iniciava a série de saques nos caixas eletrônicos, compras na modalidade débito e saques e transferências na boca do caixa, até que o dinheiro nas contas se esgotasse ou que o crime fosse descoberto.
O nome da operação é uma referência à atuação do funcionário da Caixa investigado, que age de um jeito ou de outro dependendo com quem está, o que torna a pessoa conhecida por ser DUAS-CARAS.
(Informações da PF)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opine! Mas seja coerente com suas próprias ideias.