Cerca de 820 policiais federais cumprem 190 mandados de busca e apreensão, 120 mandados de prisão preventiva e sete mandados de prisão temporária nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, todos expedidos pela Justiça Federal de São Paulo.
As investigações tiveram início em agosto de 2016, após cooperação policial internacional entre a PF e o DEA (agência norte-americana de combate ao tráfico de drogas) na análise de cinco apreensões de cocaína realizadas entre os meses de agosto de 2015 e julho de 2016 (três realizadas no porto de Santos e duas num porto na Rússia, vindas de Santos). Por suas características, levantou-se a suspeita de que um mesmo grupo tivesse sido responsável por todas as remessas, que totalizaram mais de duas toneladas.
O inquérito policial foi instaurado em agosto de 2016 e aponta que os investigados se articulavam em verdadeiras empresas criminosas. Diferentes grupos organizados e especializados, atuantes no Brasil e na Europa, associavam-se entre si conforme as necessidades que tinham em cada negócio ilícito que pretendiam realizar. A cocaína pura vinha dos países produtores para ser estocada em diversos locais na cidade de São Paulo e ser enviada para a Europa pela via marítima.
Desde agosto do ano passado, a PF realizou 14 apreensões de cocaína nos portos de Santos (SP), Salvador (BA) e Itajaí (SC), além de alertar autoridades para que interceptassem carregamentos que já haviam sido remetidos aos portos de Antuérpia (Bélgica), Shibori (Inglaterra), Gioia Tauro (Itália) e Valência (Espanha). Essas apreensões totalizaram outras quase seis toneladas de cocaína pura, que deixaram de abastecer o tráfico europeu.
O nome da operação remete a um dos destinos da droga, o porto de Antuérpia (Bélgica). Brabo seria um soldado romano que teria libertado os habitantes da região do rio Escalda, onde se localiza Antuérpia, do jugo de um gigante e jogado sua mão no rio. Essa lenda deu origem ao nome da cidade.
(Informações da PF)
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