As vagas incluem as 28 de educador social; 42 de instrutor de artes e ofícios; 91 de monitores de atividades pedagógicas e de menores e 100 de socioeducadores, independentemente de outras posições abertas para manter as atividades da fundação.
A ação foi formulada pela titular da Promotoria de Justiça dos Direitos Fundamentais, Márcia Lima Buhatem. A investigação teve início após informação do Sindicato dos Servidores da Funac (Sindifunac-MA) sobre a carência de servidores do órgão estadual de defesa dos direitos da criança e do adolescente.
Quadro
O quadro atual da Funac consiste de 342 cargos de educador social, instrutor de artes e ofícios, monitores de atividades pedagógicas e de menores e socioeducadores. Dessas vagas, somente 63 são ocupadas por servidores da fundação. Além disso, 80% dos servidores possuem contratações irregulares, e o último concurso foi realizado há 24 anos.
Segundo o MP-MA, desde setembro de 2017, quando a Funac solicitou à Secretaria de Estado de Gestão, Patrimônio e Assistência aos Servidores (Segep) que fosse realizado um concurso, não houve avanço para garantir a ocorrência do certame.
“Não há resposta plausível para tal demora porque o concurso foi previsto nas Leis Orçamentárias Anuais (Loas) de 2017 e 2018”, enfatiza a promotora de Justiça, na ACP.
Ainda de acordo com ela, nos últimos anos, a maior parte dos servidores foi contratada por seletivos simplificados. Este tipo de contratação é inadmissível pela legislação porque não há situação de calamidade pública, epidemia, campanha para saúde pública, que justifique a prolongamento dessa prática.
Pedidos
Além da realização do concurso público para a fundação, sob pena de multa por descumprimento no valor de R$ 50 mil diários, o MP-MA requer, ainda, a estipulação de multa a ser paga pelos gestores envolvidos.
Também é solicitada a condenação ao pagamento de danos morais coletivos, cujos valores devem ser depositados na conta do Fundo Estadual de Proteção dos Direitos Difusos.
(Informações do MP-MA)
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