A ação conta com apoio da Receita Federal, do Ministério Público Federal, da Força Aérea Brasileira e do Exército Brasileiro.
Aproximadamente, 128 policiais federais deram cumprimento a 20 mandados de prisão temporária e 36 mandados de busca e apreensão no Oiapoque (AP), Macapá (AP), Itaituba (PA), Goiânia (GO), São Paulo (SP), Guarulhos (SP), Jundiaí (SP) e Limeira (SP). Ademais, foi determinado pela Justiça Federal o bloqueio de, aproximadamente, R$ 146 milhões e a suspensão e proibição das atividades comerciais e financeiras dos investigados.
Simultaneamente, foram cumpridos, de maneira coordenada com a Polícia Federal, várias medidas investigativas e fiscalizatórias pelas autoridades francesas, na Guiana Francesa, para combater a exploração e comércio ilegal de ouro clandestino.
A operação é resultado de Cooperação Policial e Jurídica Internacional. Durante as investigações, houve troca de informações entre as autoridades brasileiras e francesas (“Gendarmerie” e Ministério Público Francês) acerca da possível prática de crimes em território francês. A Cooperação Policial Internacional foi realizada com auxílio dos Oficialatos de Ligação da Polícia Federal na Guiana Francesa e do Centro de Cooperação Policial existente na cidade de Saint-Georges-de-l’Oyapock.
A Polícia Federal apurou que diversos estabelecimentos comerciais no Oiapoque (AP) seriam destinos de ouro extraído clandestinamente da região fronteiriça entre Brasil, Guiana Francesa e Suriname, bem com que os referidos estabelecimentos vendiam o ouro extraído ilicitamente para pessoas físicas e jurídicas, incluindo uma instituição financeira, localizadas em diversas regiões do Brasil.
Os investigados poderão responder, na medida de suas participações, pela prática dos crimes de associação e organização criminosa, crimes financeiros, lavagem de capitais, receptação, usurpação de matéria-prima da União e crimes tributários.
* O nome da operação, Ouro Perdido, está relacionado ao fato do minério extraído ilegalmente de áreas clandestinas no Brasil e de territórios estrangeiros (Guiana Francesa e Suriname) ser “roubado” do solo desses países, consequentemente causando perdas financeiras e ambientais em tais territórios.
(Informações da PF)
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