Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão na cidade de São Paulo (SP) e um em Natal (RN). As medidas cautelares foram expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).
O inquérito tem como foco principal a apuração de crimes de lavagem de dinheiro praticados por doleiros e funcionários de uma instituição financeira, que teriam atuado em benefício de empresas que contratavam com a grande multinacional do ramo de combustíveis e necessitavam de dinheiro em espécie para o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.
Durante a investigação, foram obtidos documentos, trazidos por colaboradores, que indicaram que determinado doleiro teria sido responsável por disponibilizar, pelo menos, R$ 110 milhões, em espécie, para viabilizar o pagamento de propinas.
A obtenção do dinheiro em espécie, neste caso, envolvia trocas de cheques obtidos no comércio da grande São Paulo e abertura de contas sem documentação necessária ou com falsificação de assinaturas em nome de empresas do ramo imobiliário.
A suspeita quanto à participação de gerentes de agências bancárias consistia em dar suporte às operações de desconto de cheques e elaborar justificativas internas a fim de evitar fiscalizações e ações de “compliance” da instituição financeira. Em troca, os funcionários recebiam comissões dos operadores e conseguiam vender produtos da agência para atingir metas.
O nome da operação faz referência ao fato de que os alertas de operações atípicas do sistema interno do banco para comunicação ao Coaf passaram a ser encerrados, mediante a apresentação de justificativas pelos gerentes de agência, como se não houvesse indícios de lavagem de dinheiro.
(Informações da PF)
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