Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Apenas seis vereadores defendem a CPI da Covid-19 de R$ 2 milhões na Semus descoberto pela Polícia Federal

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Apenas seis vereadores defendem a CPI da Covid-19 de R$ 2 milhões na Semus descoberto pela Polícia Federal

Apenas os vereadores Cézar Bombeiro, Francisco Chaguinhas, Sá Marques, Umbelino Júnior, Estevão Aragão e Marcial Lima se manifestaram pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar a vergonhosa roubalheira superior a R$ 2 milhões com recursos da Covid-19 na Secretaria Municipal de Saúde, descoberta pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria Geral da União (CGU). Os demais vereadores fazem silêncio ou mostram a indiferença diante do comprometimento. A verdade é que a corrupção foi tão vergonhosa, que atingiu em cheio o prefeito Edivaldo Holanda Júnior pela exacerbada proteção que dá ao secretário Lula Fylho, que permanece no cargo.

A Operação Cobiça Fatal, desenvolvida pela PF no Maranhão, pegou em cheio a Prefeitura de São Luís com a identificação de um rombo superior a R$ 2 milhões na Secretaria Municipal de Saúde, recursos desviados da Covid-19, por meio de licitação viciada e criminosa com superfaturamento para a compra de 320 mil máscaras hospitalares. A PF prendeu três envolvidos, apreendeu farto material na sede da Semus e nas empresas envolvidas. A Justiça Federal determinou, também, a quebra dos sigilos bancários e fiscais dos empresários criminosos e do secretário Lula Fylho, titular da Pasta da Saúde municipal.

A prática criminosa foi bastante dolosa, uma vez que se percebe a certeza de que acreditavam os envolvidos na impunidade, levando-se em conta a dispensa de licitação e, muito menos, fiscalização, daí a audácia dos gestores municipais, dos empresários e dos outros envolvidos na corrupção.

CGU mostra a vergonhosa e criminosa operação dentro da Semus

Em entrevista concedida ao jornal “O Estado do Maranhão”, Leylane Maria da Silva, superintendente da Controladoria Geral da União (CGU) no Maranhão deu detalhes bem claros sobre como foi feito o superfaturamento pelos gestores públicos e empresários para desviar dinheiro de combate à epidemia da Covid-19, em que tem muita gente doente, muitos já morreram, e outros têm as suas vidas em risco.

A superintendente Leylane da Silva destaca que os gestores públicos e os empresários realizaram, primeiramente, um processo de contratação de 100 mil máscaras hospitalares no dia 30 de março e concluíram a compra no valor de R$ 2,90 o preço unitário, ignorando as propostas R$ 3 e R$ 3,50 constantes no processo. O que levou as autoridades a identificar a operação criminosa é que, em apenas três dias depois, as mesmas pessoas tanto das empresas e dos agentes públicos, simplesmente resolveram outro processo e decidiram elevar o preço unitário da mesma máscara hospitalar no valor de R$ 2,90 para R$ 9,90 e fizeram a contratação de 320 mil máscaras com um superfaturamento de mais de 200%. Diante dos fatos de corrupção e de roubalheira, a CGU não teve qualquer dificuldade em identificar o superfaturamento com provas substanciais e que não têm quaisquer questionamentos, haja vista que o pagamento já foi efetuado.

Com a quebra dos sigilos bancários e fiscais dos acusados em que o secretário Lula Fylho é um deles, inclusive está indiciado no inquérito policial, não há o que questionar. Não estão descartadas mais diligências em torno dos fatos e, de acordo com a análise dos documentos apreendidos e dos sigilos bancários e fiscais, novas prisões não estão descartadas.

(Informações do Blog do Aldir Dantas)

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