A Polícia Federal iniciou, na manhã dessa segunda-feira (22/5), a Operação Cyber Wolf com vistas a combater o armazenamento e a divulgação de imagens e vídeos contendo cenas de abuso sexual infantil, bem como a possível prática de estupro de vulnerável e de produção de imagens e vídeos com tal conteúdo.
As investigações tiveram início em 2022, por meio de informações repassadas pelo NCMEC (National Center for Missing and Exploited Children), organização não governamental americana que centraliza o recebimento de informações sobre crimes relacionados a abuso sexual infantil e desaparecimento de crianças – em virtude de lei, as empresas prestadoras de serviços de “internet” nos Estados Unidos são obrigadas a relatarem casos de suspeita de exploração sexual infantil que trafeguem em suas redes. Foram registradas, no total, 364 ocorrências com tais condutas por meio de equipamentos vinculados ao suspeito.
As investigações se iniciaram na Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos da Superintendência Regional em Pernambuco, onde foi produzido um minucioso relatório, a partir das informações recebidas pelo NCMEC. Durante o trabalho investigativo, foi identificado que o suspeito tem forte interesse no tema incesto, havendo possibilidade de que já tenha praticado atos libidinosos com crianças da própria família, incorrendo, assim, no crime de estupro de vulnerável.
Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão em Jaboatão dos Guararapes (PE), os quais foram deferidos pela 4ª Vara Federal (PE), com vistas a realizar a apreensão de computadores, “notebooks”, celulares e outras mídias com potencial de armazenamento de imagens e vídeos contendo cenas de abuso sexual infantil.
Os crimes atribuídos ao possível molestador são o armazenamento e a divulgação de conteúdo pornográfico infantil. Será investigada, ainda, a possível prática dos crimes de estupro de vulnerável e de produção de cenas de abuso sexual infantil. Em se confirmando a ocorrência de todos os crimes acima referidos, as penas somadas podem variar de 16 a 33 anos de reclusão.
(Informações da PF)
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