Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Aprovada lei que proíbe Prefeitura de João Pessoa de contratar bandas que denigram a mulher

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Aprovada lei que proíbe Prefeitura de João Pessoa de contratar bandas que denigram a mulher

Em sessão ordinária da Câmara Municipal os vereadores da cidade de João Pessoa aprovaram o projeto de lei da vereadora Sandra Marrocos (PSB), que "proíbe que o poder público destine recursos públicos para a contratação de artistas que apresentem músicas ou coreografias que desvalorizem, denigram ou exponham a imagem das mulheres". O projeto se tornou lei depois que os vereadores derrubaram em plenário um veto de autoria do prefeito Luciano Agra (sem partido).

Bandas, que se denominam de "Forró" degradam a figura da mulher,
e da própria música nordestina

Segundo Sandra Marrocos, o projeto anunciado desde outubro deste ano e vetado três vezes pelo prefeito Luciano Agra, foi baseado na lei já existente na Bahia, conhecida como a “antibaixaria”, de autoria da deputada estadual Luíza Maia (PT). Naquele Estado, a lei foi aprovada como forma de diminuir a quantidade das músicas maliciosas, que estavam aumentando com a popularização principalmente do pagode baiano, ritmo que se utiliza, em sua maioria, da imagem da mulher para a composição de suas músicas. 

A vereadora citou um trecho de uma dessas músicas, na defesa do seu projeto na Câmara de João Pessoa. “Ela, ela é uma cadela. Ela, mais ela é prima de Isabela. Joga a patinha pra cima (...) Me dá a patinha, me dá sua cachorrinha”, repetiu. É um trecho da música 'Me dá a patinha', da banda Black Style.

Os vereadores de João Pessoa apreciaram 12 vetos do Executivo, dos quais seis foram mantidos e seis foram derrubados. Também foram aprovados oito projetos de lei deautoria do Executivo e duas Medidas Provisórias.

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Apenas um comentário a fazer: tomara que a moda pegue. Pelas prefeituras do Brasil, já ocorreram inúmeros casos de desvios de verba envolvendo contratações de bandas. Mesmo quando não há irregularidades, o dinheiro dispensado a essas bandas não trazem retorno cultural algum a população, se mostrando como um gasto desnecessário e imoral.