O reforço na segurança e a separação de presos de facções rivais são algumas medidas que serão colocadas em prática nos próximos dias pela Secretaria Estadual de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) para evitar novas fugas e mortes dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. Na manhã de sábado, dia 25, um detento identificado como Jailson da Silva Viegas, o Bichinho, de 29 anos, foi encontrado morto em uma das celas do Centro de Detenção Provisória (CDP). O caso está sendo investigado pelo 12° Distrito Policial (12° DP) e pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).
O titular da Sejap, Sebastião Uchôa, informou que a secretaria está reforçando as grades das celas e colocando divisórias nos blocos das unidades que compõem o complexo penitenciário, para evitar que presos de gangues ou facções rivais se encontrem e iniciem brigas entre si, o que pode levar a mortes. “Estamos fazendo isso para garantir a segurança e a integridade dos presos”, disse Sebastião Uchôa.
Ele afirmou também que a secretaria está reforçando a segurança dentro do complexo penitenciário, intensificando as revistas das pessoas que visitam os presos, para evitar que objetos sejam levados para eles, e reforçando as seguranças nas guaritas e na parte interna do presídio, a fim de inibir possíveis fugas.
O último incidente registrado em Pedrinhas foi a morte de Jailson da Silva Viegas, o Bichinho, de 29 anos, ocorrida no sábado. Ele teria sido enforcado por outros companheiros de cela dentro do CDP. Técnicos dos institutos Médico Legal (IML) e de Criminalística (Icrim) do Maranhão estiveram no local e constaram os sinais de enforcamento, no entanto, não encontraram nenhum objeto que poderia ter sido usado para praticar o crime.
No dia 21 de abril deste ano, o detento Paulo Sérgio Nascimento foi assassinado no CDP. O corpo da vítima, que estava no Bloco Gama, na cela 10 da unidade, foi achado no dia seguinte pelos agentes penitenciários com várias chuçadas.
Já no dia 10 de abril, cinco detentos foram assassinados no Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ). A chacina vitimou três irmãos e dois cúmplices, suspeitos de participação em crimes de assaltos, homicídios e tráfico de drogas na Vila Isabel Cafeteira, onde todos haviam sido presos no dia 5 do mesmo mês, em operação da Polícia Militar.
Rogério Moreira Maranhão, de 33 anos; Lindembergue Moreira Maranhão, conhecido como Guel, de 26 anos; Vagner Moreira Maranhão, o Ratinho, de 30 anos; Roberto Costa Ferreira, o Neguinho, de 33 anos, e Silas dos Santos Mendes, o Silas Preto, de 30 anos, foram trucidados, segundo a Sejap, com várias chuçadas, em uma das celas do CCPJ. O crime teria acontecido na madrugada e os corpos foram encontrados no bloco C da unidade.
