Não estamos tratando de uma nova exploração ecológica, nem de uma atitude de preservação. Pelo contrário. Se trata da possível criação de mais uma unidade do maior problema de organização urbana de São Luís: invasão.
Terrenos com vegetação nativa parecem sempre não ter dono na visão do invasor.
No bairro Angelim Velho, nas proximidades do condomínio Pedra Caída, algumas dezenas de pessoas - portando facões de roçado - começaram uma "limpeza" em um terreno de vegetação nativa, demarcando pontos com linhas e pedaços de pau, preparando uma ocupação irregular.
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| Linha de "demarcação" colocada por invasores |
A Polícia Ambiental se fez presente na segunda (28), advertindo os invasores e informando a existência da reserva ambiental permanente. O terreno, segundo informações de moradores, é propriedade de um senhor identificado como "Zeca Belo".
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| Motoqueiro com facão na mochila entrando no caminho da mata do Angelim |
Em entrevista à Rádio Mirante AM, os próprios policiais que atenderam à ocorrência admitiam que uma nova tentativa seria provável. Aconteceu. Novamente, no outro dia, os invasores continuaram o desmatamento. Inclusive, com auxílio de motoristas e motoqueiros.
Não foi a primeira tentativa. Nas anteriores, a Polícia Militar impediu, quando ocorria a mesma situação.
Quando se vê uma invasão do tipo, imaginamos pessoas carentes, que sentem oprimidas pela não distribuição de renda, ou lutando pela reforma agrária. A imagem do MST. Pode até ser. Mas quem daria o apoio logístico dos carros, motos e facões? Dúvidas.
A certeza é que deve haver o respeito por dois direitos fundamentais: o de propriedade privada, e o de preservação da natureza.
