Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Polícia Civil prende suspeito de matar bebê de 7 meses em Balsas

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Polícia Civil prende suspeito de matar bebê de 7 meses em Balsas


Equipes da Polícia Civil da 11ª Delegacia Regional de Balsas prenderam na quarta-feira (6) Luís Alberto de Sousa Borges, de 20 anos, suspeito de matar Daniel Borges da Conceição Vieira, de sete meses. O crime ocorreu no povoado Gado Brabim, zona rural de Balsas, a 817 km de São Luís.

Segundo informações do delegado regional, Eduardo Galvão, a vítima, que era enteada do suspeito, foi levada na manhã de ontem ao Hospital Balsas Urgente, onde já chegou sem vida. Ainda segundo o delegado, a princípio suspeitava-se de homicídio culposo, pois segundo relatos do próprio suspeito, ele conduzia a criança em um carrinho apoiado apenas em duas rodas, como se transporta um carrinho de mão, sem olhar para a criança, tendo ela caído durante o trajeto e machucado a cabeça. Após a queda, o acusado teria entregado a criança à mãe já praticamente sem vida.

Luis Alberto disse ainda, em seu interrogatório, que teria tentado "ressucitar" a criança, fazendo massagens cardíacas, mas sem sucesso. A Polícia Civil solicitou ao Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz que fosse feito o exame cadavérico para apontar a causa da morte, no qual ficou constatado que o bebê não apresentava lesões externas.

A versão apresentada por Luís Alberto levantou suspeitas a partir de alguns pontos que foram contestados com base no laudo médico, segundo o qual Daniel morreu em virtude de lesões de fortes traumas sofridos nos órgãos internos. "O laudo comprovou que Daniel apresentava sérias lesões no fígado e demais órgãos e que as mesmas não teriam sido causadas por uma queda, mas provavelmente por sequências de agressões", detalhou o delegado Eduardo.

Outro fato que chamou a atenção da autoridade policial é que o médico disse que o corpo havia sido lavado antes de ser encaminhado ao IML, tendo a mãe da criança dito que na realidade o corpo havia sido limpo, mas não havia chegado a ser lavado pelo suspeito.

Ainda nas investigações, a Polícia Civil descobriu que no dia 24 do mês passado Daniel passou por um procedimento cirúrgico no braço esquerdo, que, segundo depoimento do suspeito, teria sido causado por uma queda de rede. O bebê teria chegado ao hospital com dois ossos do braço quebrados, após oito dias do trauma, sem receber, durante esse período, cuidados médicos.

"Segundo o médico legista, os traumas encontrados no braço da criança também não eram compatíveis com a da queda de uma rede", ressaltou Eduardo Galvão. A mãe de Daniel também compareceu à delegacia e contou ao delegado que nos momentos em que a criança aparecia com lesões ela não estava presente, sendo feitos apenas os procedimentos cirúrgicos, como no caso da suposta queda da rede.

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