Cerca de 280 policiais federais de diversos Estados foram destacados pela PF para o cumprimento de 35 mandados de prisão preventiva, oito mandados de prisão temporária, 12 suspensões de Exercício de Atividade Policial e 43 mandados de busca e apreensão nos cinco Estados. Entre os presos, além dos líderes e dos “gerentes” da Organização Criminosa, encontram-se policiais da PRF, da Polícia Militar e da Polícia Civil do Estado do Mato Grosso do Sul.
A organização criminosa investigada formou um verdadeiro consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai pela fronteira do Mato Grosso do Sul. Essa rede estava estruturada em um sistema logístico de características empresariais, com a participação de centenas de pessoas exercendo funções de “gerentes”, batedores, olheiros, motoristas e, ainda, a corrupção de policiais cooptados para participarem do estratagema criminoso.
Com base na investigação, estima-se que, em 2017, os envolvidos tenham sido responsáveis pelo encaminhamento de, ao menos, 1.200 carretas carregadas com cigarros contrabandeados às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
* O nome da Operação Nepsis reporta a um termo grego que significa vigilância interior, estado mental de atenção plena, em uma alusão à vigilância necessária para combater as sofisticadas atividades contrabandistas e no que concerne à própria atividade de fiscalização estatal no combate à cooptação de integrantes de órgãos de repressão e fiscalização.
(Informações da PF)
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