Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Polícia Federal investiga esquema de extração clandestina de manganês

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Polícia Federal investiga esquema de extração clandestina de manganês

A Polícia Federal iniciou, nesta terça-feira (6/11), a Operação Migrador com o objetivo de desarticular grupo criminoso responsável pela extração clandestina de manganês, nos Estados do Pará, da Bahia e do Espírito Santo. De acordo com levantamentos preliminares realizados, a quantidade de manganês extraída, assim como os prejuízos causados pela extração clandestina decorrentes do não pagamento de tributos e, ainda, os danos ambientais provocados, causaram prejuízos da ordem de, aproximadamente, R$ 87 milhões.

Policiais federais cumprem 111 mandados judiciais expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de Marabá (PA). São 24 mandados de prisão preventiva, 29 mandados de busca e apreensão, 52 mandados judiciais de bloqueio de contas bancarias e sequestro de bens e seis ordens judiciais de suspensão das atividades econômicas das empresas investigadas. Os mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades de Marabá (PA), Parauapebas (PA), Curionópolis (PA), Eldorado dos Carajás (PA), Canaã dos Carajás (PA), Salvador (BA) e Vila Velha (ES).

As investigações tiveram início no ano de 2015, após o início da Operação Buriti-Sereno. Com a análise dos documentos e informações coletadas, além de diversas ações investigativas realizadas, constatou-se que existe, na região, uma verdadeira ação articulada de pessoas e empresas para extração, beneficiamento, transporte e exportação de minério, por meio da falsificação de documentos públicos e fiscais, com o intuito de dar aparência de licitude à atividade criminosa.

As diligências apontam que um grupo de empresas e pessoas físicas vem, de forma reiterada, usurpando minério de manganês extraído, sem autorização dos órgãos competentes, nas regiões conhecidas como Vila União, em Marabá (PA) e nas serras do Buriti e Sereno, localizadas entre os municípios de Curionópolis (PA) e Parauapebas (PA).

Os investigados responderão pelos crimes de usurpação de bens da União, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e uso de documento falso. Ao todo, as penas pelos crimes investigados podem alcançar mais de 30 anos. Os presos serão encaminhados aos presídios das cidades de Marabá (PA), Salvador (BA) e Vila Velha (ES), onde ficarão à disposição da Justiça Federal.

(Informações da PF)

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