Cerca de 60 policiais federais cumprem 17 mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Lauro de Freitas, Itaparica e Jequié, além da própria capital baiana. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa da Comarca de Salvador.
A investigação teve início em 2016 e identificou uma organização criminosa integrada por traficantes, sobretudo de origem estrangeira, que atuavam em Salvador com o intuito de enviar drogas com um alto grau de pureza para o exterior. Quase todos os investigados já possuem antecedentes criminais por tráfico de drogas, e muitos deles continuaram atuando ilicitamente mesmo estando presos ou cumprindo medidas judiciais alternativas.
Um dos principais investigados presos nesta manhã é um brasileiro criado na Itália, ex-integrante da Cosa Nostra, a máfia siciliana, originária do sul daquele país, e parceiro de Tommaso Buscetta, um dos seus mais conhecidos integrantes. Daí, o nome da operação, Sicília. No Brasil, para onde retornou e fixou residência há muitos anos, ele era o responsável por receber e testar as amostras dos entorpecentes que seriam enviados para a Europa, para certificar o grau de pureza e, se aprovados, autorizar a remessa. Seus principais fornecedores eram integrantes de uma facção criminosa paulista. Conforme apurado, ele amealhou patrimônio superior a 5 milhões de reais, que, suspeita-se, seja decorrente de suas atividades ilícitas, especialmente o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa (Art. 2º da Lei 12.850/2013), associação para o tráfico (Art. 35. da Lei 11.343) e lavagem de dinheiro (Art. 1º da Lei 9.613/1998).
(Informações da PF)
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