Policiais federais deram cumprimento a 20 mandados judiciais, sendo quatro de prisão preventiva, oito de busca e apreensão e oito de sequestro e indisponibilidade de bens, expedidos pela Justiça Federal em Guajará-Mirim, e cumpridos em Porto Velho, Buritis, Campo Novo de Rondônia e Nova Mamoré.
Em Rondônia, a Polícia Federal também cumpriu mandado de busca no interior da Terra Indígena e Parque Nacional, especificamente com o objetivo de verificar a existência de edificações e loteamentos no interior das áreas protegidas, além de efetuar as prisões dos principais investigados nos municípios citados acima.
As investigações relacionadas à Operação Terra Protegida, que identificou uma organização criminosa composta por invasores, grileiros de terras, advogados e topógrafos, especializados em invadir, desmatar e queimar a floresta nativa no interior do Parque Nacional do Pacaás Novos e Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau.
Por meio de um discurso falso de regularização fundiária e a criação de associação de produtores rurais, os líderes do grupo recrutaram pessoas para invadir e demarcar lotes no interior das reservas. Em seguida, os investigados desmataram e queimaram grande parte da vegetação nativa na localidade onde seria instalada uma vila.
Em paralelo, o grupo invasor ameaçou servidores públicos dos órgãos de fiscalização e das forças de segurança, bem como difundiram informações falsas por meios de comunicação local para respaldar as ações criminosas.
Os presos, após serem ouvidos na Superintendência da Polícia Federal em Rondônia, serão encaminhados a presídios estaduais e responderão, perante a Justiça Federal, pelos crimes de organização criminosa, ameaças, crimes ambientais e invasão de terras públicas.
(Informações da PF)
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