Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Polícia Federal participa de operação que resultou na destruição de 60 balsas de extração ilegal de ouro

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Polícia Federal participa de operação que resultou na destruição de 60 balsas de extração ilegal de ouro

A Polícia Federal, atuando em cooperação com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), finalizou, na última sexta-feira (13/9), uma grande operação para desmobilização de garimpo ilegal próximo a índios isolados na Terra Indígena (TI) Vale do Javari, no extremo oeste do Estado do Amazonas, zona fronteiriça com o Peru.

Nos últimos quatro dias, cerca de 60 agentes da PF, da Funai e do Ibama atuaram na inutilização de, aproximadamente, 60 balsas que garimpavam ilegalmente nas TI Vale do Javari, TI Katuquina do Rio Biá e na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Cujubim, no alto curso do Rio Jutaí.

Trata-se de uma das áreas de mais difícil acesso da Amazônia brasileira, o que levou a equipe a inutilizar os equipamentos de garimpagem e de apoio ao ilícito no próprio local, conforme a legislação vigente. A TI Vale do Javari é o território com a maior concentração de povos índígenas Isolados de todo o mundo, havendo nove Referências Confirmadas, além de três Referências em Investigação. A proteção territorial desenvolvida, por meio de operações de fiscalização federal, é essencial para a garantia da autonomia e da sobrevivência desses povos indígenas.

Foram cinco meses de planejamento e preparação logística que contaram com imagens de satélite recentes da região, dois aviões da Polícia Federal (um para logística e transporte de equipamentos e outro que voa em alta altitude para o reconhecimento da área) e quatro helicópteros (dois do Ibama e dois da PF) para as abordagens das balsas de garimpo e o transporte das equipes operacionais. As ações de flagrante e destruição dos equipamentos de garimpo foram realizadas pelos integrantes do Grupo Especial de Fiscalização (GEF) do Ibama, do Comando de Operações Táticas (COT) e Delegacia de Tabatinga, ambos da PF, e da Coordenação Geral de índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC) da Funai.

O Ministério Público Federal em Tabatinga (AM) acompanha todo o processo auxiliando na articulação entre as instituições envolvidas na operação e expedindo recomendações aos órgãos competentes para inutilização dos equipamentos utilizados para o ilícito e nos procedimentos criminais posteriores.

(Informações da PF)

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