Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Polícia Federal investiga organização criminosa responsável por fraudes em certames públicos

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Polícia Federal investiga organização criminosa responsável por fraudes em certames públicos

A Polícia Federal iniciou, nesta quarta-feira (2/10), a Operação Imhotep, visando desarticular organização criminosa responsável por fraudes em certames públicos, corrupção, desvio de recursos públicos, dentre outros crimes, sempre com o objetivo de acumular riquezas em detrimento do erário. A operação de hoje é o resultado de um trabalho conjunto da PF e da Controladoria Geral da União.

Aproximadamente, 120 policiais federais e sete auditores da Controladoria Geral da União cumprem 28 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva, sequestro de 11 veículos, avaliados em R$ 1,5 milhão, bloqueio de imóveis e de R$ 2,5 milhões dos investigados, bem como suspensão de contratos em 11 municípios do Estado do Tocantins, em cumprimento à decisão judicial expedida pela 1ª Vara Federal de Araguaína (TO).

Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em 16 cidades nos Estados do Tocantins e Maranhão, quais sejam: Palmas (TO), Pugmil (TO), Augustinopolis (TO), Palmeiras do Tocantins (TO), Praia Norte (TO), Sampaio (TO), Sítio Novo do Tocantins (TO), Araguatins (TO), Buriti do Tocantins (TO), São Sebastião (TO), São Miguel (TO), Carrasco Bonito (TO), Nazaré (TO), Imperatriz (MA) e Sítio Novo do Maranhão (MA).

A investigação teve início com a notícia apresentada por um morador de uma das cidades do Bico do Papagaio, narrando irregularidades na contratação de uma falsa cooperativa de transporte por municípios da referida região. Ainda segundo o noticiante, os sócios são ou foram assessores parlamentares de um deputado estadual do Tocantins.

Com realização de diligências pela PF e pela CGU, foi possível identificar uma organização criminosa responsável por fraudar, mediante pagamento de propina a agentes públicos, mais de 20 processos licitatórios, com favorecimento de cinco empresas ligadas ao grupo criminoso. Os contratos fraudados tinham por objeto a locação de veículos, locação de palcos, realização de eventos, dentre outros serviços.

A investigação aponta que o grupo criminoso, no período de 2017 a 2019, recebeu mais de R$ 41 milhões em razão de contratos fraudados, sendo no mínimo R$ 5 milhões resultado direto de desvio de recursos públicos.

O nome da operação faz alusão a Imhotep, considerado o maior vizir (assessor) de todos os tempos e arquiteto da primeira pirâmide do Egito, onde, longe dos olhos do público e de curiosos, acobertavam-se grandes riquezas.

(Informações da PF)

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