Policiais federais deram cumprimento a 24 mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa (PB) e São Paulo (SP). As ordens judiciais foram expedidas pela Vara de Entorpecentes, da Comarca de João Pessoa (PB).
A investigação demonstrou que, após o início da operação da Polícia Federal, denominada Operação Gerônimo, no ano de 2017, que teve por objetivo investigar e responsabilizar, criminalmente, os integrantes da organização criminosa, houve uma reorganização da facção em razão de conflitos internos, com a ascensão de novos líderes, após o afastamento e o decreto da morte de algumas das lideranças anteriores.
A nova estrutura da organização criminosa foi rebatizada, e o processo de refundação vem investindo em realizar o cadastro de seus integrantes.
O aprofundamento das investigações revelou detalhes da estrutura da organização criminosa, forma de funcionamento e identificação de seus integrantes, a saber:
1 – O comando da organização criminosa, denominada de Palavra Final, era exercido por dois homens, ambos presos e cumprindo pena no Presídio PB1, nessa capital.
2 – A estrutura deliberativa, denominada de Conselho, era composta por 15 integrantes, os quais ocupam o segundo escalão hierárquico da Orcrim, responsáveis pelas principais decisões do grupo criminoso.
3 – A estrutura executiva realizava o loteamento dos bairros de João Pessoa e demais cidades do Estado, com indicação dos responsáveis pelo controle do tráfico de drogas;
4 - A estrutura de cadastramento dos integrantes da organização, que era feito mediante fichas individuais, constando data de filiação, área de atuação e padrinho responsável pela indicação;
5 – Por fim, a estrutura financeira, denominada de Caixinha, consistia na utilização de contas bancárias de terceiros e parentes para ocultação dos valores recebidos com o tráfico de drogas, possibilitando o fortalecimento do grupo criminoso mediante a aquisição de armas, pagamento de advogados e envio de recursos a integrantes presos e parentes.
Foi determinado pelo Poder Judiciário o bloqueio de contas bancárias, totalizando o montante de, aproximadamente, R$ 500 mil.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas e organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam 20 anos de reclusão.
O nome da operação é uma alusão ao poder, à força da atuação do Estado na repressão ao tráfico de drogas.
(Informações da PF)
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