Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Polícia Federal inicia 3ª fase da Operação Arpão de Netuno

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Polícia Federal inicia 3ª fase da Operação Arpão de Netuno

A Polícia Federal iniciou, nessa quinta-feira (12/12), a Operação Arpão de Netuno – Fase 3 com objetivo de combater o tráfico de drogas no Estado da Paraíba, praticado por uma organização criminosa.

Policiais federais deram cumprimento a 24 mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa (PB) e São Paulo (SP). As ordens judiciais foram expedidas pela Vara de Entorpecentes, da Comarca de João Pessoa (PB).

A investigação demonstrou que, após o início da operação da Polícia Federal, denominada Operação Gerônimo, no ano de 2017, que teve por objetivo investigar e responsabilizar, criminalmente, os integrantes da organização criminosa, houve uma reorganização da facção em razão de conflitos internos, com a ascensão de novos líderes, após o afastamento e o decreto da morte de algumas das lideranças anteriores.

A nova estrutura da organização criminosa foi rebatizada, e o processo de refundação vem investindo em realizar o cadastro de seus integrantes.

O aprofundamento das investigações revelou detalhes da estrutura da organização criminosa, forma de funcionamento e identificação de seus integrantes, a saber:

1 – O comando da organização criminosa, denominada de Palavra Final, era exercido por dois homens, ambos presos e cumprindo pena no Presídio PB1, nessa capital.

2 – A estrutura deliberativa, denominada de Conselho, era composta por 15 integrantes, os quais ocupam o segundo escalão hierárquico da Orcrim, responsáveis pelas principais decisões do grupo criminoso.

3 – A estrutura executiva realizava o loteamento dos bairros de João Pessoa e demais cidades do Estado, com indicação dos responsáveis pelo controle do tráfico de drogas;

4 - A estrutura de cadastramento dos integrantes da organização, que era feito mediante fichas individuais, constando data de filiação, área de atuação e padrinho responsável pela indicação;

5   – Por fim, a estrutura financeira, denominada de Caixinha, consistia na utilização de contas bancárias de terceiros e parentes para ocultação dos valores recebidos com o tráfico de drogas, possibilitando o fortalecimento do grupo criminoso mediante a aquisição de armas, pagamento de advogados e envio de recursos a integrantes presos e parentes.

Foi determinado pelo Poder Judiciário o bloqueio de contas bancárias, totalizando o montante de, aproximadamente, R$ 500 mil.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas e organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam 20 anos de reclusão.

O nome da operação é uma alusão ao poder, à força da atuação do Estado na repressão ao tráfico de drogas.

(Informações da PF)

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