A operação decorre de uma investigação iniciada em janeiro de 2019, quando a Polícia Federal tomou conhecimento de que um casal de ex-juízes de direito do Estado da Bahia, uma advogada e um corretor de imóveis estariam vendendo, como se donos fossem, terrenos que haviam sido destinados pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU), para a construção de sedes da Delegacia de Polícia Federal em Vitória da Conquista, do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Emprego.
A fraude teve início em 2016, com a confecção de uma certidão falsa do 3º Tabelionato de Notas de Vitória da Conquista, que atestava a existência de uma suposta escritura pública de compra e venda da área em questão, datada de 1994, cujo livro havia sido extraviado. A partir dessa certidão, teria sido feito um registro imobiliário no 1º Ofício de Imóveis de Vitória da Conquista, em um livro que, coincidentemente, estaria totalmente danificado e ilegível, impossibilitando a sua verificação.
Os investigados conseguiram, então, em curto espaço de tempo, cancelar, administrativamente, a matrícula da propriedade da União e, a partir daí, o casal, a advogada e o corretor passaram a ameaçar algumas pessoas que ocupavam, irregularmente, a área, exigindo pagamentos em troca da manutenção de suas residências e negócios.
Nesta fase do inquérito, os investigados foram indiciados pelos crimes de associação criminosa, estelionato, extravio de livro ou documento, prevaricação, falsidade ideológica, falsificação de documento público, extorsão e alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria.
(Informações da PF)
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