A Polícia Federal iniciou, na manhã de hoje (23/2), a Operação Argos* com o objetivo de investigar fraudes e desvios em contratações de, aproximadamente, 10 milhões de reais da Prefeitura de Pacaraima (RR), inclusive de recursos destinados ao enfrentamento da Covid-19.
Mais de 100 policiais federais cumprem 20 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, após representação da Autoridade Policial e manifestação favorável da Procuradoria Regional da República da 1ª Região. Os mandados são cumpridos em Pacaraima e Boa Vista, em Roraima.
As investigações apontam para irregularidades em mais de 20 licitações do município nos anos de 2019 e 2020, bem como indícios de superfaturamentos e a utilização de máquinas e servidores da prefeitura por empresa para prestação de serviços para o qual teria sido contratada.
Dentre os prováveis desvios, o inquérito policial indica que recursos destinados ao custeio de ações e serviços decorrentes do coronavírus teriam sido desviados para pagamentos a uma rede de postos de combustível de Boa Vista. O posto também teria recebido verbas federais destinadas à educação (Fundeb) e de ações sociais voltadas ao desenvolvimento de crianças (Criança Feliz).
Ainda conforme o inquérito, o esquema seria articulado pelo próprio prefeito de Pacaraima, o qual interviria diretamente nas compras, inclusive substituindo funções de outros servidores dentro dos processos licitatórios.
As investigações contaram com o apoio do Ministério Público Estadual de Roraima.
* O nome da operação faz referência ao gigante da mitologia grega que tudo via.
(Informações da PF)
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