A Polícia Federal iniciou, nesta manhã (13/7), a Operação Magüta, por meio da qual são investigados fatos relacionados a possíveis práticas de crimes, como pertencimento a organização criminosa, fraude a licitação, desvio de recursos públicos, peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
A ação da Polícia Federal visa a cumprir mandados judiciais expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sendo 18 mandados de busca e apreensão, além de cumprimento de 12 medidas cautelares de afastamento de cargos públicos, por 90 dias, bem como impedimento de frequentar repartições públicas, nas cidades de Tabatinga (AM), Manaus (AM) e Benjamin Constant (AM).
Segundo as investigações, o chefe do Poder Executivo Municipal de Tabatinga (AM), secretários municipais e funcionários do alto escalão podem ter realizado licitações fraudulentas com um grupo de empresários locais, com o objetivo de simular a lisura na formalização do procedimento licitatório para construção de escolas e creches municipais.
De acordo com a apuração realizada pela PF, há indícios de que o prefeito de Tabatinga em exercício escolhera as empresas vencedoras previamente à licitação e, após receber valores do Fundeb, montara o procedimento licitatório para realização de obras municipais já inauguradas. Ao término, teria pagado os empresários envolvidos nas fraudes, os quais, posteriormente, se apropriaram dos valores repassados e devolveram parte do lucro.
Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, corrupção passiva, corrupção ativa, peculato, pertencimento a organização criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir pena de até 44 anos de reclusão.
* O nome da operação é uma alusão à maior comunidade de indígenas da região amazônica do Alto Solimões, diretamente prejudicada pelos atos criminosos apurados na operação.
(Informações da PF)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opine! Mas seja coerente com suas próprias ideias.