A Polícia Federal iniciou, hoje (7/10), a Operação Tayassu para investigar organização criminosa estruturada para invadir, adquirir, desmatar e vender, ilicitamente, terras de domínio público federal, localizadas na região sul do Estado do Amazonas. A investigação apurou que o grupo criminoso desmatou, aproximadamente, 1.600 hectares de terras da União, o que equivale a, aproximadamente, 16 milhões de m².
Mais de 100 policiais federais deram cumprimento, com apoio do Ibama, a diversas medidas judiciais, como prisões preventivas. Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Rio Branco (AC), Senador Guiomard (AC), Acrelândia (AC), Boca do Acre (AM), Lábrea (AM) e Pauini (AM).
De acordo com as investigações, o grupo criminoso contava com a participação de empresários de Rio Branco (AC), além de servidor público do Incra, que atuava no sentido de “esquentar” a documentação das áreas. Além disso, foi identificada a participação de um ex parlamentar do Estado do Acre, que teria adquirido parte das áreas griladas para criação de gado.
A Justiça Federal do Amazonas autorizou o bloqueio/sequestro de bens e valores da organização criminosa até o valor de R$ 28 milhões. Trata-se do custo estimado pelo laudo pericial da Polícia Federal como o valor do dano ambiental causado.
* O nome da operação faz referência ao principal núcleo do consórcio criminoso, que é composto por indivíduos atuantes na região sul do Estado do Amazonas. A alcunha lhes foi atribuída em razão de sempre andarem em bando e, também, pela agressividade em suas empreitadas de desmate. Dessa maneira, a nomenclatura TAYASSU é uma alusão direta ao nome científico do mamífero conhecido popularmente como “Queixada”.
(Informações da PF)
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