A Polícia Federal iniciou, nesta sexta-feira (3/6), a Operação Disritmia com o fim de obter provas para robustecer os indícios de que uma empresa fornecedora de órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs), efetuava pagamentos irregulares a médicos e profissionais de saúde com atuação no SUS, para a compra e implantação dos produtos que ela fornecia.
Em grande parte dos casos, restou constatado que a empresa fornecedora de OPMEs e outra pessoa jurídica vinculada aos investigados simulavam um contrato (padrão) de prestação de serviços de consultoria, na tentativa de dar aparência de licitude aos pagamentos realizados aos profissionais de saúde corrompidos.
Durante as investigações, foi localizada uma planilha contendo a descrição de pagamentos (valores, mês de referência, forma de pagamento e dados qualificativos do beneficiário) feitos pela empresa a médicos cardiologistas situados em Goiás, sendo que essa planilha se encontrava armazenada no “e-mail” do representante da empresa, cujo sigilo foi judicialmente quebrado.
Em sequência, foram encontrados “e-mails” trocados por esse representante da empresa com alguns médicos listados na planilha, cujo conteúdo denota o recebimento de valores entre 2012/2015 por pacientes atendidos e nos quais foram implantados OPMEs da empresa.
Aproximadamente, 25 policiais federais estão cumprindo seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal em Goiânia, nas cidades de Rio Verde e Goiânia.
Os crimes investigados são peculato, corrupção passiva, uso de documento falso, associação criminosa e corrupção ativa do Código Penal.
A operação foi denominada Disritmia, pois deriva da Operação Arritmia (PF em Santa Catarina), sendo a disritmia um problema cardíaco em que pode ser necessário a utilização de OPMEs.
(Informações da PF)
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