Cerca de 90 policiais federais e servidores da CGU e da Receita Federal cumprem 20 mandados de prisão temporária e 26 mandados de busca e apreensão, além de sequestro e indisponibilidade de bens. A ação ocorre nas cidades de Uraí, Cornélio Procópio, Nova América da Colina e Maringá, todas no Paraná.
As investigações apontaram a ocorrência de irregularidades graves em contratos celebrados entre a UTFPR-CP e empresas que prestaram serviços de manutenção predial, manutenção de ar-condicionado, manutenção de veículos, fornecimento de material de construção e serviços de reprografia.
Entre as irregularidades, estão a suspeita de obtenção de informação privilegiada, formação de grupo econômico, uso de documento potencialmente falso ou insuficiente para atesto de capacidade técnica, pagamentos superiores aos valores contratados, superfaturamento, sobrepreço, frustração de concorrência, suspeita de pagamento de material não recebido ou desviado, entre outros.
Ressalva-se que a UTFPR recebeu denúncia relativa aos fatos apurados na operação e, imediatamente, adotou medidas em âmbito administrativo, como a realização de auditorias conduzidas por sua unidade de auditoria interna, além da demissão, mediante processos administrativos disciplinares, de dois servidores envolvidos nas fraudes.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, crimes contra o processo licitatório, sem prejuízo de outras implicações penais a serem constatadas.
Os presos serão conduzidos à Delegacia de Polícia Federal em Londrina, onde permanecerão à disposição da Justiça.
O nome da operação é uma alusão à empresa criada para facilitar os desvios.
(Informações da PF)
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