Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Polícia Federal desarticula esquema criminoso de garimpo e venda de ouro no Pará

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Polícia Federal desarticula esquema criminoso de garimpo e venda de ouro no Pará

A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ibama, a Funai e a Secretaria de Segurança Pública, iniciou, nesta terça-feira (21/8), a Operação Muiraquitã nos municípios de Ourilândia e Tucumã, região sudeste do Pará. A ação visou desarticular um esquema criminoso de garimpo e venda ilegal de ouro extraído do interior da Terra Indígena Kayapó. Ao todo, 70 servidores federais, com apoio aéreo de 7 helicópteros, participam da ação.

Durante as investigações, foram identificados por policiais federais e por fiscais ambientais diversos pontos de logística e garimpos ilegais, além de duas pistas de pouso e decolagem de pequenos aviões utilizadas para o transporte de ouro extraído ilegalmente da terra indígena. As ações desencadeadas visam realizar prisões, em flagrante dos envolvidos, facilitar a ação do órgão ambiental na constatação dos danos extremos à natureza, desativar as pistas de pouso que não são homologadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e que não servem à comunidade indígena e estancar a extração e venda ilegal de ouro na região.

As informações apontaram para o envolvimento de indígenas de algumas aldeias, que compactuavam e lucravam com a atividade garimpeira clandestina, bem como comerciantes de ouro da região, que atuam como receptadores do minério extraído ilegalmente, repassando-o para outros Estados ou para outros países.

A atividade mineradora clandestina ocasiona diversos danos ao meio ambiente e aos indígenas, sendo os mais recorrentes: desvio do curso de rios, desmonte hidráulico (no caso de garimpagem mecânica), aterramento de rios e contaminação do solo, ar e águas por meio de metais pesados, principalmente o mercúrio, extinção de vegetação e animais e contaminação dos silvícolas.

A extensão dos danos causados será avaliada por peritos criminais federais que participam da operação e estão coletando informações e materiais que resultarão em laudo pericial.

O nome da operação faz alusão a objetos utilizados por povos indígenas como amuletos, símbolos de poder ou, ainda, como material para compra e troca de artefatos valiosos.

(Informações da PF)

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